22 de novembro de 2020

Livros para o Natal » Sinopses

 



ROMANCES POLICIAIS:




                                  
                                    « O Segredo da Serra da Lua »

O segredo da Serra da Lua é um romance inspirado numa reportagem jornalística sobre a existência de rituais de magia negra na Serra de Sintra.

Nessa reportagem levantava-se a possibilidade de alguns desaparecimentos de crianças no nosso país, estarem relacionados com esses rituais satânicos, numa Serra que, defendem os entendidos, tem tudo para servir esse mundo de espiritismo e crença: antas, vilas romanas, túneis e grutas; envoltos numa floresta onde habitualmente cai um estranho nevoeiro…

Um jovem casal, já a viver uma grave crise na sua relação, torna-se vítima de uma seita, poderosa e cruel.

Se a desconfiança já pairava entre eles, agora tem o seu domínio pleno, pois alguém próximo, muito próximo, está prestes a fazê-los perder tudo, até o amor pela própria vida.

Conseguirão encontrar forças para se libertarem desta aglutinante teia? Ou terão de abandonar os mais profundos ceticismos para recuperarem o que mais prezam no mundo?

O “Monte da Lua”, como também é chamada, irá tornar-se o cenário de uma história que, começando com um mero acidente automóvel, desenrolar-se-á num complicado enredo sobre amor e ciúme, desconfiança e religião, ceticismo e fé, realidade e algo para além disso…


                               

                                   « Por trás da Cara de um Anjo »


Duas amigas, Luísa e Natália, sócias de uma loja de antiguidades, são vítimas de um atentado.

Uma sobrevive, mas a outra não.

Manuel, um conceituado cirurgião plástico, marido de uma e com uma relação secreta com a outra, é chamado ao hospital.

A suspeita da origem do atentado recai sobre a amante, Natália, que todos julgam estar morta.

Mas Manuel acredita que é ela a sobrevivente. Apaixonado, e para a proteger, dá-lhe o ‘corpo’ da sua esposa: Luísa.

Esta, após alguns meses de coma, acorda quase sem memória.

E é nesta condição, que terá de descobrir quem era verdadeiramente a sua sócia, quem é o homem que tem ao seu lado, que seita quer destruir o Vaticano e, acima de tudo, quem é ela afinal.

...E a resposta para tudo isto pode estar no Diário de Maria Madalena.


'A Ordem das Rainhas'

Neste romance, Filipa de Lencastre criou 'A Ordem das Rainhas’ para proteger o Diário de Maria Madalena.

Infelizmente, e na realidade, a Igreja destruiu muitos evangelhos que não queria que conhecêssemos.

Mas o que chegou até nós deixa no ar dúvidas legitimas:

E se fosse Maria Madalena a fundadora do primeiro cristianismo?




LIVROS INFANTIS:





              « Carlota e o Gato Pinky - A História dos Gatos »


'A Historia dos Gatos' é um livro onde o Gato Pinky conta à sua dona Carlota, uma menina de 7 anos, as aventuras e desventuras da sua espécie ao longo dos tempos. 

Neste conto ficarás a saber que os gatos foram tratados como Deuses no tempo do Antigo Egipto, que já foram associados a bruxas na Idade Média, e até que ajudaram a Humanidade a acabar com a Peste, uma doença que matou muitas pessoas.

Hoje fazem parte da nossa familia, pois habituá-mo-nos à sua presença, sempre curiosa, meiga e divertida.
Este livro, embora dirigido a crianças, torna-se transversal a todas as idades, pois nunca é demais lembrar a importância dos animais, como se adaptaram às nossas vidas, e o que devemos a todos eles.

Neste caso, ao nosso amigo felino: o Gato doméstico.






                       « Teca, uma Cobaia na Biblioteca »


'Teca é uma cobaia Wistar, que fugiu de um laboratório onde se faziam experiências em animais.
Como resultado destes ensaios, ela ficou com o seu pelo azul.
Um dia conseguiu fugir e acabou por se esconder na biblioteca do Palácio de Mafra, pois é muito esperta e gosta de ler.
Aqui fez dois amigos: o morcego Orelhas e a traça Laça.
Com eles, e com uma menina que ali vai conhecer, irá viver uma grande aventura, que pode colocar a sua vida novamente em perigo...
Será que vai acabar bem?'

18 de outubro de 2020

Por trás da Cara de um Anjo - As Guardiãs IV

 


No dia 17 de Setembro de 1179 fez-se silêncio no Convento de Rupertsberg: falecia a abadessa Hildegarda de Bingen.

A Guardiã seguinte.

A sua vida de naturalista, terapeuta, teóloga, compositora, poeta, música e dramaturga, terminou aos 81 anos. Foi considerada 'Santa' e 'Doutora da Igreja'.

Porque a escolhi, se era assim tão religiosa?

Hildegarda não era uma comum seguidora dos dogmas católicos, como aqueles que separavam a alma do corpo, e apresentavam Eva como uma traidora.

Para ela a saúde do corpo influenciava o espirito; homem e mulher estavam interligados, e muitas vezes representava Deus como a 'mãe' que amamentava a Criação.

Ela salientou-se numa época em que a intelectualidade estava reservada aos homens, por isso muitos a consideram a primeira feminista da História.

Na altura, muitas famílias preferiam ver suas filhas num convento do que nas mãos de um bruto senhor feudal. Até porque aqui elas conseguiam alcançar um grau de conhecimento muito superior. Ela acabou por se tornar instrutora e conselheira de reis, imperadores, clérigos, Papas, e foi até reformista, criando mosteiros onde só as mulheres estavam no comando.

Num mundo medieval dominado pela insegurança, pelo clero e por senhores feudais, ela não se deixou dominar. Com muita habilidade e trabalho, construiu e administrou dois conventos, escreveu livros de teologia, medicina e ciências naturais, e compôs música sacra. Ela é uma das primeiras compositoras de ópera da História.

No convento, a abadessa afrouxou as regras beneditinas, e acabou com as procissões de freiras que pareciam actos fúnebres. A música era muito importante para Hildegarda. Assim, para receberem o sacramento da comunhão, as suas freiras, vestidas de branco, enfeitadas com flores e com os seus longos cabelos soltos, entoam canções que ela mesmo compunha.

No seu mosteiro, para além de compor peças de teatro e obras musicais, ela cuidava da saúde das moradoras. Não confiava na água do rio da região, aconselhando que as pessoas bebessem cerveja.

Por todas as barreiras que rompeu, Hildegarda foi adoptada como ícone por algumas feministas.

O seu nome batiza um planeta e a ela é atribuída a criação da água de lavanda.

Para Hildegarda de Bingen, Deus existe para aqueles que acham que ele existe.


11 de outubro de 2020

Por trás da Cara de um Anjo - As Guardiãs III


A Guardiã seguinte foi escolhida pela sua controvérsia e pela determinação que mostrou em chegar ao trono da China:

A Imperatriz Wu Zetian.

Apesar de viver num país patriarcal e sexista, seu pai sempre a encorajou a ler, escrever, e a desenvolver o seu raciocínio.

Começou como lavadeira no palácio, mas não se importou em quebrar protocolos, procurando conversar com o Imperador sempre que com este cruzava nos corredores. Depressa, esta intimidade, a fez ser promovida a secretária, o que lhe permitiu aproximar-se da política e do poder. Apesar de, inicialmente, ser apenas mais uma concubina, os chefes de Estado acabaram apaixonando-se por ela, e assim conseguiu afastar esposas e outras rivais concubinas.

Naturalmente, Wu Zetian acabou por se tornar imperatriz em 655.

Esta união tinha grandes opositores, pois consideravam este casamento incestuoso.  Ela já tinha sido amante do pai do Imperador. Todavia, e como se costuma dizer, a sorte favorece os audazes. O soberano teve um AVC grave e Wu assumiu todas as funções de chefe de Estado.

Uma das suas medidas imediatas foi decretar a morte das antigas rivais.

Não hesitou também em afastar do poder os seus próprios filhos, governando a China durante 15 anos.

Controlou o seu império com uma rede de espiões e policia secreta, evitando que qualquer oposição tivesse tempo para ganhar  força.

No entanto, viciada em afrodisíacos e dedicando quase toda a atenção aos seus concubinos, Wu desvirtuou os assuntos do Estado,

acabando por entregar o trono ao único filho ainda vivo.

Porque a escolhi, se não era propriamente um poço de virtudes?

A guardiã de algo tão precioso, como o Diário de Maria Madalena, teria de ser mulher, determinada, e instruída.

E Wu Zetian era tudo isso.

O mundo onde se perdeu era aquele que conhecia de bem perto, o qual, se fosse homem, teria sido aceite com toda a normalidade.

Sim, também por isso.

 

30 de setembro de 2020

Teca esteve noutra Biblioteca...

É verdade,

esteve na Biblioteca Cardoso Lopes 

 
 
 



 

 

É verdade, o terminei o mês da Literacia de um modo muito feliz

O meu livro 'Teca - Uma cobaia na Biblioteca' foi lido apresentado numa Escola da Amadora, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.









22 de setembro de 2020

Sobre máscaras...

Sobre máscaras... 

Confesso, quando saio à rua e vejo tanta gente de máscara ainda me faz alguma confusão. É como se, de repente, não pertencêssemos aqui, fossemos uns estranhos no nosso próprio planeta, ou este, cansado de nós, quisesse correr connosco...
 
Mas as máscaras não são uma inovação da actualidade. 
Já no passado o ser humano foi obrigado a pensar nelas de modo a tentar proteger-se.
 
Aliás, uma delas foi bem emblemática e até hoje associada à peste negra: uma máscara com um bico de pássaro, que acompanhava um traje esquisito, uma espécie de vestido. 

Este trajo – bem 'creepy' por sinal ! - era envergado no séc 17 pelos médicos da altura.
 
Naquela época pensava-se que a disseminação das doenças infeciosas se fazia através dos odores fétidos que provinham da putrefação de matéria orgânica e da água contaminada.
 
Ora, a ideia daquele enorme bico de pássaro era armazenar toda uma combinação de ervas e especiarias, como antídotos desse venenos. Chegavam a colocar mais de 50 ervas, numa tentativa de purificar o ar que respiravam.
 
Infelizmente, apesar de criativa e, suponho, trabalhosa, esta máscara só serviu mesmo como fantasia, aliás, foi até chamada às peças de teatro em Itália, na 'Commedia dell'Arte' e perdura até aos dias de hoje.

As primeiras máscaras 'cirúrgicas' começaram a ser utilizadas pelos médicos em 1897. O material consistia num lenço amarrado ao redor do rosto.
 
Mas não eram concebidas para filtrar doenças transmitidas pelo ar; elas eram usadas para impedir que os médicos, ao tossir, ou espirrar, projetassem gotículas nas feridas dos pacientes durante a cirurgia.
 



Em 1910, uma outra praga de peste bubónica estourou no norte da China, provocando uma verdadeira corrida científica para conter o surto.
 
Até parece coisa dos dias de hoje...
 
Foi um jovem médico chinês, contratado pela Corte Imperial Chinesa para ajudar no combate à doença, que descobriu que a praga não era transmitida por pulgas, como todos suspeitavam, mas pelo ar. A partir das máscaras cirúrgicas criadas no Ocidente, Wu desenvolveu uma máscara mais dura feita de gaze e algodão e enrolou-a à volta do rosto, adicionando várias camadas de pano para filtrar as inalações.
 
A sua invenção foi um grande avanço, pois não só ajudou a impedir a propagação da praga, como se tornou o símbolo da ciência médica moderna.
 
A Gripe Espanhola, que, apesar do nome, surgiu nos EUA, foi também combatida com a ajuda deste acessório.
 
Esta pandemia aconteceu em três ondas, e a segunda foi a mais severa. Quando as medidas de proteção e distanciamento abrandaram, a pandemia voltou, mais forte ainda.
 


Uma lição para os dias de hoje...
 
No total, a Gripe Espanhola, matou pelo menos 50 milhões de pessoas (alguns estimam o dobro), além de infectar um terço da população global. Fez mais vítimas que as duas Guerras Mundiais, a Guerra do Vietname e a da Coreia, juntas.
 
Um dos cartazes da Cruz Vermelha, na época, dizia: “Tosse e espirros espalham doenças, algo tão perigoso quanto gás venenoso".





 

1 de setembro de 2020

Teca, uma Cobaia na Biblioteca - O meu novo livro infantil

Teca é uma cobaia Wistar, que fugiu de um laboratório onde se faziam experiências em animais. Como resultado destes ensaios, ela ficou com o seu pelo azul. Um dia conseguiu fugir e acabou por se esconder na biblioteca do Palácio de Mafra, pois é muito esperta e gosta de ler. Aqui fez dois amigos: o morcego Orelhas e a traça Laça. Com eles, e com uma menina que ali vai conhecer, irá viver uma grande aventura, que pode colocar a sua vida novamente em perigo... Será que vai acabar bem?

25 de agosto de 2020

Por trás da Cara de um Anjo - As Guardiãs - II

E tu, és uma Apranik?
No seguimento do ultimo post, sobre as mulheres que escolhi para, no meu romance, serem as Guardiãs do Diário de Maria Madalena, vem a guerreira Apranik. Apranik viveu no séc VII e foi uma comandante militar da resistência Persa. Apesar do valor e da influência que teve no seu tempo, não existe muita informação sobre ela, mas a sua história sobreviveu nas lendas populares. Filha de um distinto general Persa, a jovem ingressou no exército assim que terminou os seus estudos. Importa dizer que, na altura, a vida das mulheres no Império Persa era bem melhor que a de hoje. A mulher era venerada e respeitada, ocupando cargos influentes, tanto a nível militar, como no Estado. Muitas dinastias Persas foram governadas por Imperadoras, e muitos exércitos estavam sob as ordens exclusivas de comandantes femininas. Também sabemos que na Pérsia, homens e mulheres que exerciam a mesma profissão recebiam salários iguais. O género não afectava a capacidade de ninguém conseguir um emprego, pelo contrário, as mulheres grávidas e as mães pela primeira vez recebiam salários mais altos para mostrar o apoio e o apreço que a sociedade tinha por elas. Grande evolução a nossa, não?! Voltando a Apranik, ela assumiu o comando quando já pouco restava da resistência do exército Persa. E mesmo após a queda do império, ela nunca desistiu da sua luta, defendendo sempre a máxima: ‘Sem recuo e sem rendição!’. Por isso ela se tornou a imagem da resistência, e o seu cavalo branco o símbolo da liberdade. E, mesmo após a sua morte, sempre que uma mulher soldado mostrava coragem e resistência, era chamada de ‘Apranik’. Por isso a escolhi como uma das Guardiãs, porque ela nos ensina a não desistir, mesmo quando todas as probabilidades estão contra nós. Porque a vida nem sempre é vencer ou perder, por vezes é lutar pelo que acreditamos, independentemente do resultado.